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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Crioulo

O Cavalo Crioulo


O cavalo crioulo da América Latina é o descente direto dos cavalos importados do Novo Mundo, desde Cristóvão Colombo, pelos conquistadores espanhóis durante o século XVI, mais particularmente por Don Pedro de Mendoza, fundador da Vila de Buenos Aires em 1535.
Um grande número destes cavalos de guerra fugiu ou foram abandonados para se tornarem, rapidamente, em cavalos selvagens, num ambiente ideal para o seu desenvolvimento. São os cavalos espanhóis (particularmente os Andalusos), portugueses e árabes que transmitiram seu sangue e suas principais características morfológicas da raça crioula.
Durante quatro séculos, a raça crioula se adaptara ao meio ambiente das grandes planícies sul americanas para sofrer uma severa seleção natural. Esta adaptação às condições de vida do meio ambiente, permitiu o desenvolvimento de sua grande qualidade, a resistência às enfermidades e a sobrevivência.
No início os índios, mais tarde os gaúchos, fizeram do crioulo o seu meio de transporte, seu companheiro de caça ou de trabalho e seu camarada de lazer. Desde então, o crioulo passou a ser o cavalo do gaúcho para o seu trabalho e o seu sustento.
Sua resistência fez o orgulho dos criadores que organizavam provas com distâncias de 750 quilometros, que tinham que ser percorridas em quatorze dias. Os cavalos eram pesadamente carregados (110 quilos para o ginete e sua sela) e tinham que alimentar-se unicamente com o pasto encontrado na região percorrida. O animal vencedor era aquele que terminava a prova sem ter sido parado pelos juízes ou veterinários, ter levemente emagrecido, porém ter permanecido fogoso como no dia da partida.
No final do século XIX, a introdução de machos europeus ou da América do Norte degenerou a raça. Uma seleção rigorosa, feita por alguns criadores apaixonados, permitiu a reconstituição da raça que foi admitida no “stud-book” argentino, em 1918.
Hoje, em quase todos os países da América do Sul, as raças descentes do crioulo são criadas e protegidas.


Características da Raça

Caráter: É um animal compacto, robusto e inteligente. Apresenta a cabeca curta e larga, afilando-se em forma de cone, focinho saliente, face reta com olhos expressivos afastados lateralmente, orelhas curtas empinadas. O pescoço é musculoso, inserido em espáduas fortes e profundas, com peito largo. O dorso é curto, com costelas bastante elásticas e lombo bastante poderoso. A garupa é arredondada e musculosa. As pernas são curtas, com ossatura excedente, quartelas curtas, com patas pequenas e duras.

A América do Sul produz uma das raças de cavalo mais vigorosas do mundo - o pequeno Crioulo, montaria dos gaúchos das grandes criações que se estendem na parte central do continente. Este parece, com pequenas variações na estatura e no requinte do tipo, como o Crioulo da Argentina e do Uruguai, o Crioulo do Brasil, os tipos Costeño e Morochuco do Peru, o Caballo Chileno do Chile e o Llanero da Venezuela. Embora alguns destes tipos sejam atualmente bastante diferenciados do tipo Crioulo básico, todos descendem da mesma criação espanhola importada pelos conquistadores do sécu8lo XVI. Os requintes da raça são devidos às variações de temperatura e da qualidade das pastagens, por serem criados nas colinas ou nas planícies e pela criação seletiva visando a qualidades particulares de acordo com as exigências locais.
O Sangue básico vem do Andaluz, do Berbere e do Árabe. Seu porte pequeno e seu vigor são devidos a
uma rigorosa seleção natural de aproximadamente 300 anos, em cujo período rebanhos de Crioulos se tornaram selvagens ou semi-selvagens nas planícies. Muitos afirmam que a curiosa distribuição de cores ruiva e do tipo baio, exclusiva do Crioulo, evoluiu como uma colocaração que serve de proteção natural.
Especialmente na Argentina, o povo tem grande orgulho da resistência do Crioulo, e são mantidos testes de resistência para selecionar os melhores para a procriação. Uma prova anual é realizada pelos criadores, na qual os cavalos devem cobrir uma distância de 752 km em quinze dias, carregando uma carga de 110 kg, sem nada para comer ou beber, exceto aqueles alimentos que eles mesmos possam encontrar pelo caminho durante o descanso.

PADRÃO DA RAÇA

1. CABEÇA
PERFIL: sub-convexo; retilíneo; sub-côncavo
COMPRIMENTO: curta
GANACHA: delineada; forte e moderadamente afastada
LARGURA: Fronte – larga e bem desenvolvida
                    Chanfro - largo e curto
ORELHAS: afastadas; curtas; bem inseridas; com mobilidade
OLHOS: proeminência; vivacidade

2. PESCOÇO
INSERÇÕES:  Cabeça – limpa e resistente;
                         Tórax – rigorosamente apoiada no peito
BORDO SUPERIOR: sub-convexo; crinas grossas e abundantes
BORDO INFERIOR: retilíneo
LARGURA: amplo; forte; musculoso
COMPRIMENTO: mediano

3. LINHA SUPERIOR
CERNELHA: destaque moderado; musculosa
DORSO: mediano; musculoso; bem unido a cernelha e ao lombo
LOMBO: musculoso; unindo suavemente o dorso e a garupa
GARUPA: moderadamente larga e comprida; levemente inclinada proporcionando boa descida muscular para os posteriores
COLA: com a inserção dando uma perfeita continuidade à linha superior da garupa. Sabugo curto e grosso, com crinas grossas e abundantes.

4. TÓRAX, VENTRE E FLANCO
PEITO: amplo; largo; profundo; encontros bem separados e musculosos
PALETAS: inclinação mediana; comprimento mediano; musculosas, caracterizando encontros bem separados
COSTELAS: arqueadas e profundas
VENTRE: sub–convexo, com razoável volume; perfeitamente unido ao tórax e flanco
FLANCO: curto; cheio; unindo harmonicamente o ventre ao posterior

5. MEMBROS ANTERIORES E POSTERIORES
BRAÇOS E COTOVELOS: musculosos; braços inclinados; com cotovelos afastados do tórax
ANTEBRAÇOS: musculosos; aprumados; afinando-se até o joelho
JOELHOS: fortes, nítidos, no eixo
CANELAS: curtas, com tendões fortes e definidos; aprumadas
BOLETOS: secos, arredondados, fortes e nítidos; machinhos na parte posterior
QUARTELAS: de comprimento médio; fortes, espessas, nítidas e medianamente inclinadas
CASCOS: de volume proporcional ao corpo, duros, densos, sólidos, aprumados e medianamente inclinados. De preferência, pretos
QUARTOS: musculosos, com nádegas profundas. Pernas moderadamente amplas e, musculosas interna e externamente
GARRÕES: amplos, fortes, secos. Paralelos ao plano mediano do corpo, com ângulo anterior medianamente aberto

Peso oscilará entre 400 (quatrocentos) e 450 (quatrocentos e cinquenta) quilos.

Pelagem
Confira algumas especificações de pelagens:

Baia
É a pelagem creme amarelada, com brilho e muitos matizes diferentes sobre a original. Se diz que tem a cor do trigo maduro.

Colorada
Pelagem de capa e pelos vermelhos , podendo ter um pouco de matiz amarelo e alguns pelos pretos.

Gateada
Capa com predominância do amarelo, com tonalidade mais escura que o baio. O gateado típico apresenta uma linha escura que vai da cernelha à garupa. Pelagem com muitas variações.

Lobuna
Variação do gateado, com o pigmento preto modificando a cor do pelo pardo amarelado para o cinza chumbo do lobuno. Também apresenta uma linha escura da cernelha até a cola.

Moura
Pelagem de capa preta com difusão de pelos brancos , deve ter a cabeça, patas, crinas e cola negras, mostrando sua base preta.

Oveira
Pelagem básica com manchas brancas assimétricas, espalhadas por todo o corpo do animal

Picaça
Pelagem de base preta com partes significativas de branco, isto é, mancha branca na cabeça e, no mínimo, uma das patas também branca

Preta
Pelagem toda preta, com pele e pelos pretos, podendo ter pequena estrela na cabeça.

Rosilha
Pelagem de capa avermelhada com mistura de pelos brancos, disseminados sem condensar-se em nenhuma mancha específica.

Tobiana
Qualquer pelagem que tenha manchas completamente brancas, pele e pelos brancos, de diferentes formatos e bordas bem definidas.

Tordilha
Pelagem entremeada de pelos brancos e pretos que com o passar do tempo tende a embranquecer. Diferente do mouro, tem pelos brancos na cola, patas, crinas e cabeça.

Tostada
Pelagem um pouco mais escura que a alazã, amarelo muito escuro, puxando para o vermelho, ou a cor do café torrado.Sem mistura de pelos pretos.

Zaina
Pelagem marrom avermelhada escura, ou tostada com entremeios de pelos pretos.

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