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Paixão sem limites ! Somos loucos por cavalos !

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Quarto de Milha

A Origem da Raça

A raça Quarto de Milha foi a primeira a ser desenvolvida na América. Ela surgiu nos Estados Unidos por volta do ano de 1600. Os primeiros animais que a originaram foram trazidos da Arábia e Turquia à América do Norte pelos exploradores e comerciantes espanhóis.
Os garanhões escolhidos eram cruzados com égüas que vieram da Inglaterra, em 1611. O cruzamento produziu cavalos compactos, com músculos fortes, podendo correr distâncias curtas mais rapidamente do que nenhuma outra raça.
Com a lida no campo, na desbravação do Oeste Norte-americano, o cavalo foi se especializando no trabalho com o gado. Nos finais de semana, os colonizadores divertiam-se, promovendo corridas nas ruas das vilas e pelas estradas dos campos, perto das plantações, com distância de um quarto de milha (402 metros), originando o nome do cavalo.
Foi fundada em 15 de março de 1940 a American Quarter Horse Association (AQHA), em College Station, Texas. Em 1946, a AQHA se transferiu para Amarillo, Texas, onde se encontra até hoje, tornando-se a maior associação de criadores do mundo, com cerca de 400 mil sócios e mais de 5 milhões de cavalos registrados, divididos em 43 países, representando 52% dos eqüinos em todo o mundo (dados até 31/12/2008).

Padrão Racial
APARÊNCIA - de força e tranquilidade. Quando não trabalhando, deve conservar-se calmo, mantendo a própria força sob controle. Na posição parado, mantém-se reunido, com os posteriores sob a massa, apoiando nos quatro pés, podendo partir rapidamente em qualquer direção.


PELAGEM - admite-se que a pelagem do Quarto de Milha possa ser alazã, alazã tostada, baia, baia amarilha ou palomina, castanha, rosilha, tordilha, lobuna, preta e zaina. Não serão admitidos, para registro, animais pampas, pintados e brancos, em todas as suas variedades.

ANDAMENTO - harmonioso, em reta, natural, baixo. O pé é levantado livremente e recolocado de uma só vez no solo, constituindo-se no trote de campo.

ALTURA - são cavalos cuja altura é, em média, de 1,50 m. São robustos e muito musculados.

PESO - 500 quilogramas, em média.

CABEÇA - pequena e leve. Em posição normal, deve-se ligar ao pescoço em ângulo de 45º. Perfill anterior reto.

FACES - cheias, grandes, muito musculosas, redondas e chatas, vistas de lado; discretamente convexas e abertas de dentro para fora, vista de frente, o que proporciona ganachas bem mais largas que a garganta. Desta forma, a flexão da cabeça é muito acentuada, permitindo grande obediência às rédeas.

FRONTE - ampla.

ORELHAS - pequenas, alertas, bem distanciadas entre si.

OLHOS - grandes e, devido ao fato de a testa ser larga, bem afastados entre si permitindo um amplo campo visual, tanto para a frente como para trás, ao mesmo tempo, com o mesmo olho.

NARINAS - grandes.

BOCA - pouco profunda, permitindo grande sensibilidade às embocaduras.

FOCINHO - pequeno.

PESCOÇO - comprimento médio. Deve inserir-se no tronco em ângulo de 45º porém, bem destacado do mesmo. Somente a JUNÇÃO entre o pescoço e a cernelha deve ser gradual.

O BORDO INFERIOR - do pescoço é comparativamente reto e deve destacar-se nitidamente do tronco assegurando flexibilidade.

O BORDO SUPERIOR - é reto, quando o cavalo está com a cabeça na posição normal.

GARGANTA - estreita, permitindo grande obediência às rédeas.

MUSCULATURA - bem pronunciada, tanto vista de lado, como de cima. As fêmeas têm pescoço proporcionalmente mais longo, garganta mais estreita e desenvolvimento muscular menor. O Quarto de Milha, quando em trabalho, mantém a cabeça baixa, podendo, assim, usá-la melhor e permitindo ao cavaleiro uma perfeita visão sobre ela.

TRONCO - da cernelha ao lombo deve ser curto e bem musculado: Não "selado" especialmente nos animais de lida. Isto permite mudanças rápidas de direção e grande resistência ao peso do cavaleiro e arreamentos. De perfil, é aceitável o declive gradual de 5º a 8º da garupa à base da cernelha. O vértice da cernelha e a junção do lombo com a garupa devem estar aproximadamente no mesmo nível.

CERNELHA - bem definida, de altura e espessura médias.
DORSO - bem musculado ao lado das vértebras e, visto de perfil, com muita discreta inclinação de trás para frente. Tendo aparência semi-chata, o arreamento comum deve cobrir toda essa área.

LOMBO - curto, com musculatura acentuadamente forte.

GARUPA - longa, discretamente inclinada, para permitir ao animal manter os posteriores normalmente embaixo da massa (engajamento natural).

PEITO - profundo e amplo. O peito visto de perfil, deve ultrapassar nitidamente a linha dos antebraços, estreitando-se porém, no ponto superior da curvatura, de forma a diferenciar-se nitidamente do pescoço. Vista de frente, a interaxila tem forma de "V" invertido, devido à desenvolvida musculatura dos braços e antebraços.

TÓRAX - amplo, com costelas largas, próximas, inclinadas, elásticas. O cilhadouro deve ser bem mais baixo que o codilho.

Membros Anteriores

ESPÁDUA - deve ter ângulo de aproximadamente 45º , denotado, equilíbrio e permitindo a absorção dos choques transmitidos pelos membros.

BRAÇOS - musculosos, interna e externamente.

ANTEBRAÇOS - o prolongamento da musculatura interna dos braços proporciona ao bordo inferior do peito, quando visto de frente, a forma de "V" invertido, dando ao cavalo a aparência atlética e saudável. Externamente, a musculatura do antebraço também é pronunciada. O comprimento do antebraço é um terço a um quarto maior que a canela.

JOELHOS - vistos de frente são cheios, grandes e redondos; vistos de perfil, retos e sem desvios.

CANELAS - não muito curtas. Vistas de lado, são chatas, seguindo o prumo do joelho ao boleto; vista de frente, igualmente sem desvios.

QUARTELAS - de comprimento médio, limpas, em ângulo de 45º, idêntico a da espádua, e continuam pelos cascos com a mesma inclinação.

CASCOS - de tamanho médio, formato aproximadamente semi-circular, com talões bem afastados, sem desvios.
Membros Posteriores
COXAS - longas, largas, planas, poderosas, bem conformadas, fortemente musculadas, mais largas que a garupa.

SOLDRA - recoberta por musculatura bem destacada, poderosa.

PERNAS - muito musculosas. Essencialmente importante é o desenvolvimento muscular homogêneo, tanto interna, quanto externamente.

JARRETES - baixos. Por trás, são largos, limpos, aprumados; de perfil, largos, poderosos, estendendo-se em retaaté os boletos.

CANELAS - mais largas, discretamente mais longas e mais grossas que as anteriores. De lado, são chatas. São convenientes canelas mais curtas, tornando o jarrete mais próximo do solo, permitindo voltas rápidas e paradas curtas.

Regulamento e Pelagens Oficiais
O Regulamento exige que todo cruzamento entre pais alazães só pode originar produtos alazães, e um produto para ser tordilho, deve ter um de seus pais tordilho.

Nas pelagens descritas não foram considerados os membros que podem apresentar calçamentos, que são áreas de pêlos brancos, localizadas.
Assim, os calçamentos podem variar em altura e forma, aparecendo em um ou mais membros.
O padrão racial estabelecido para o Quarto de Milha permite que as áreas de pêlos brancos localizados pelo corpo não ultrapassem a 10cm² (dez centímetros quadrados).
Para os membros anteriores os calçamentos não podem ultrapassar a uma linha média imaginária traçada no joelho; para os membros posteriores a linha que limita o calçamento é traçada na altura da ponta do jarrete.
Para a cabeça os limites estabelecidos por linhas traçadas do meio da inserção da orelha até o canto da boca e na parte inferior na linha do músculo masseter (linha do cabresto).
Os animais Puros e Mestiços que apresentarem sinais zootécnicos que ultrapassarem os limites estabelecidos pelo padrão racial, serão registrados de acordo com o que rege o artigo 45

Alazão
É a pelagem em que o pêlo do corpo, crina, cauda e membros apresentam a mesma tonalidade.

Alazão Tostado
É a pelagem em que a tonalidade é homogênea, semelhante à borra do café. A crina, cauda e membros apresentam a mesma tonalidade do resto do corpo. Esta pelagem pode ser confundida com o preto o zaino quando, ao sol, apresenta reflexos para o vermelho.

Baio
Animal apresenta a pelagem de fundo preta ou alazã e tem que apresentar lista de burro ao longo do dorso, iniciando-se nas cruzes e terminando na inserção da cauda, podendo ter as extremidades e cauda da mesma cor do corpo.

Baio Amarilho
É aquela de tom creme ou amarelo ouro, apresentando a crina e a cauda obrigatoriamente brancas e os membros com a mesma tonalidade do corpo.

Castanho
O animal apresenta pelagem "avermelhada" com as extremidades pretas - crina, cauda e membros.

Cremelo
Seu pelo pode ser branco ou creme bem claro, crina e cauda brancas, pele cor-de-rosa ou rosada por todo o corpo e olhos azuis

Lobuno
É a pelagem acinzentada ou esfumaçada e que, por esse motivo, é também conhecida como pêlo de rato e deve apresentar as extremidades pretas.

Perlino
É a pelagem creme bem clara ou branca, pele rosa ou roseada, crina, cauda e extremidades normalmente tem uma tonalidade mais escura cobre ou laranja e olhos azuis

Preto
É a pelagem em que o pêlo do corpo, crina, cauda e membros apresentam a mesma tonalidade.

Rosilho
É a pelagem básica castanha ou alazã, com grande infiltração de pêlos brancos pelo corpo, com incidência maior nos flancos e virilhas.
A distribuição dos pêlos pelo corpo poderá ser homogênea, mas a cabeça e as extremidades mantêm a pelagem básica alazã ou castanha.
Seu aparecimento se caracteriza póstero-anterior, ou seja, de trás para frente e também por ser observada com maior intensidade nas partes posteriores do corpo.

Tordilho
É a pelagem que apresenta a cor básica, com infiltração progressiva de pêlos brancos e de uma maneira homogênea em todo o corpo. Esta pelagem se caracteriza pelo seu aparecimento a partir do 3º ou 4º mês de idade do potro e sempre em sentido ântero-posterior, ou seja, da cabeça para o corpo, mais especificamente nos olhos, bochechas e parte interna das orelhas e, mais tarde pelo corpo todo.
A pelagem tordilha, por ser de caráter genético é dominante.
Para ser apresentada em um animal, pelo menos um de seus pais tem que ser de pelagem tordilha a diferença marcante entre a pelagem TORDILHA com a ROSILHA é que a TORDILHA tem uma distribuição homogênea de pêlos brancos, enquanto que na ROSILHA, a incidência dos pêlos brancos é maior em algumas regiões do corpo e não se apresenta na cabeça, exceção feita à determinadas áreas como estrelas, listras e manchas.
Outro detalhe deve ser lembrado com relação a pelagem tordilha: o fato de um ou ambos os pais de um produto ser tordilho não implica que o animal tenha que apresentar essa pelagem.

Zaino
É a pelagem em que pêlos pretos e castanhos se entremeiam, dando uma tonalidade geral escura, com regiões como bochechas, axilas, flancos e virilhas com tonalidade amareladas, bem mais claras que as demais partes do corpo.

Qualidade da raça


O Quarto de Milha tem extrema docilidade, conseguindo partidas rápidas, paradas bruscas, grande capacidade de mudar de direção e enorme habilidade de girar sobre si mesmo.
É adaptável a qualquer situação, transformando-se em instrumento de força, transporte e difícil de ser derrotado em provas eqüestres, além de melhorador de plantel. Considerado o cavalo mais versátil do mundo, é usado nas modalidades de Conformação, Trabalho e Corrida.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Slides!

Oi galera!
Seguinte!  A apresentação de slides de Anatomia Funcional não cabe no email, então... quem quiser, pode vir me procurar com pen drive que eu gravo pra vcs! Ok?

Beijão
Amandinha    =]

Agradecemos!

Oi gente! Boa noite!

Queríamos agradecer a presença de todos em nossa primeira reunião! Em especial a presença do professor Chico que nos acompanhou e tem nos apoiado muito!

O nosso próximo encontro será então no dia 12/05 no mesmo bat local e no mesmo bat horário haha e o tema abordado será RAÇAS E SUAS PARTICULARIDADES!

Lembrando que todos que tiverem materiais podem mandar pra gente no email do grupo e que essa semana já tem postagem nova! E em breve teremos uma grande novidade no orkut! Aguardem!!

Valeu galera!!!
Aguardamos vocês!

sábado, 24 de abril de 2010

Anatomia funcional equina

Introdução:

A anatomia é a ciência que estuda a morfologia (forma geral de seres ou coisas), já a anatomia funcional é a ciência que estuda as estruturas relacionando-as com suas funções. A partir dos conhecimentos anatômicos e funcionais podemos entender e estabelecer relações entre partes do animal e a mobilidade do mesmo dentro de suas diversas utilizações.

Se você possui, estuda ou somente aprecia eqüinos, é muito importante que você compreenda as diversas partes básicas da anatomia do cavalo, com intuito de ter um aproveitamento satisfatório do animal, e conhecer seus limites e necessidades na hora da monta ou quando houver qualquer tipo de alteração. É necessário ter esse conhecimento básico, que você pode adquirir por estudos próprios ou com auxílio de um médico veterinário.

A anatomia funcional do eqüino, inicialmente, é de suma importância para a escolha do animal de acordo com a finalidade de utilização do mesmo. Ela pode variar de acordo com a modalidade esportiva, raça e tipo de esforço físico. Quando dizemos que pode variar, não estamos afirmando que ela mude de um animal para outro, porém, existem variações na deposição muscular, peso, inserção de membros, aprumos e conformação.

A avaliação anatômica se dá através de exames minuciosos da parte externa do animal e do conhecimento do assunto e seus variantes. A partir do conhecimento desses parâmetros, podemos não só avaliar, mas também identificar possíveis alterações que fogem da normalidade. Qualquer variação considerada prejudicial existente no animal pode levá-lo à exclusão do plantel, da atividade esportiva e até prejudicar sua identificação racial dentro de associações responsáveis pelo registro do mesmo.



Origem e evolução:

Para se conhecer bem uma determinada espécie é necessário se estudar tudo sobre ela, mesmo que se garimpe a cada dia em textos antigos, históricos, religiosos e científicos para que se remonte a cronologia do cavalo. É uma das poucas espécies que possui sua filogenia conhecida, o Equus caballus (o cavalo) que tem reconhecimento da Paleontologia, pela sequência de sua ancestralidade conhecida pelos cientistas. O mais remoto ancestral do cavalo é o Eohippus, encontrado no Eoceno inferior, (alguns autores também chamam Hiracoterium), que era um pequeno mamífero com aproximadamente 40 cm que possuía quarto dedos nos membros anteriores e três dedos nos posteriores, era faunívoro (carnívoro) e apresentava uma dentição que demonstrava essa característica, isto, há cerca de 40 milhões de anos.

O Eohippus foi evoluindo, chegando ao Mesohippus que possuía três dedos em cada membro, porém, já com a sustentação em um dedo central, medindo cerca de 80 cm, tendo sido encontrados fósseis na América, há 30 milhões de anos.

O tipo que se seguiu foi o Miohippus, no período conhecido como o Mioceno, já com aproximadamente 1 m de altura e algumas alterações dentárias, principalmente no aparecimento dos molares e desaparecimento (desuso) dos caninos, como também, já fazia a sustentação com o dedo central, tendo os dedos laterais já reduzidos e vivendo em campos abertos. Foram encontrados esses ancestrais do cavalo na África e Europa há 20 milhões de anos.

Dois ancestrais seguem a linha filogenética há 10 milhões de anos, o Hiparium, que viveu na América, África e Ásia e que deu origem aos Jumentos, Hemionos e Zebras e o Pliohippus no Piloceno que seguiu para originar o cavalo.

No Pleistoceno (cinco milhões de anos atrás) o cavalo toma a forma atual, tendo ainda uma forma intermediária, o Plessihippus com dedo funcional e 1,20 m de altura.

A filogenia do cavalo, por ter sido arduamente estudada, não tem aceitado divergências de alguns antigos pesquisadores, pois, com o advento da pesquisa paleontológica através do DNA e do DNA mitocondrial, é impossível elaborar hipóteses que não sejam bem estudadas. Nós, que cremos em uma origem poligênica, reconhecemos que atualmente é bem aceito, que três formas surgiram do Plessihippus ou Plessippus, que são: o cavalo da floresta ou Equus caballus fossilis; o tarpã, Equus caballus gmelini e o cavalo Prezewalski ou Equus caballus prezenwalski e daí a forma atual do Equus caballus, o nosso cavalo doméstico.



Inserções e conformação:

O exercício da conformação hoje em dia é muito exigente quanto às condições corpóreas do animal. Animais são avaliados de acordo com suas dimensões, inserções e padrões raciais (que podem variar não só de acordo com raça, mas também variam com finalidade de utilização e modalidade praticada).

Dentre todas essas diferenças, alguns parâmetros são levados em consideração para que haja a perfeita avaliação do animal, como exemplo podemos citar: angulação dos membros e seus componentes, angulação e inserção de garupa, arqueação de costela, comprimento da anca, inclinação de paleta, inclinação do casco, comprimento do pescoço e seu tamanho com relação ao da cabeça.



Membros:

São fundamentais para a sustentação, equilíbrio e condução do cavalo. Por se tratar de um animal pesado os membros devem ser fortes e resistentes a todo tempo, até porque eqüinos comumente dormem de pé.

Os membros torácicos são responsáveis pela estabilização das forças que se originam na musculatura dos membros pélvicos durante a locomoção para frente.

Os membros pélvicos não possuem apenas a tarefa de deslocar o corpo para frente, mas também servem para mantê-lo de pé e sustentá-lo. Seu posicionamento e musculatura abundante permitem ao animal arranques rápidos, controle na velocidade e propulsão (por exemplo, podemos citar o movimento exercido por cavalos de salto). Neles estão presentes estruturas fibrosas que possibilitam a estabilização das articulações do animal em estação com um mínimo dispêndios de energia. Os cavalos que precisam ficar de pé por um tempo mais prolongado transferem, alternadamente, o peso de um membro pélvico para outro.



Ossos:

A cartilagem e os ossos assumem a missão de sustentar e assegurar a locomoção do corpo e desempenham uma destacada função na proteção das partes moles do tórax e da região pélvica, bem como do sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal). Os ossos exercem adicionalmente o papel de órgãos formadores do sangue (medula óssea vermelha, hematopoiese) e fazem parte do depósito de material mineral do corpo.

Duas funções importantes são atribuídas aos ossos: uma de apoio, ou seja, de proteção, e uma função metabólica. Em uma correlação estreita, ambas determinam cada pormenor ósseo e, a partir disso, formam toda a arquitetura corpórea. A construção óssea ajusta-se, por meio do trabalho metabólico, ao mecanismo estático exigido. Essa acomodação tem a função de expressar a construção alternativa de um osso.

Cada osso se submete, sempre, a procedimentos adaptativos de remodelação. Modificações fisiológicas nas forças de pressão, de tração e de compressão ocasionam, em um curto espaço de tempo, a reconstrução do tecido ósseo. As extremidades, as vértebras ou os ossos coxais estão sujeitos a alterações mais intensas, bem como, por exemplo, os ossos do crânio. Forças mecânicas atuam de modo fisiológico sem cessar, a fim de proporcionar um aumento da resistência da parede óssea, principalmente na carga de peso no meio do segmento de um osso, a diáfise. Nas extremidades ósseas – as epífises -, a resistência das paredes diminui.

A função do osso também é influenciada por sua cobertura conjuntiva, o periósteo, por meio de suas duas partes, uma externa fibrosa (Stratum fibrosum) e uma interna, mais rica em células osteogênicas (Stratum cambium). O periósteo rodeia completamente os ossos em todos os sentidos, com exceção da cartilagem articular e dos numerosos locais de inserção muscular. A camada osteogênica contém um grande número de feixes de fibras sensíveis nervosas e uma densa rede de vasos sanguíneos e linfáticos, para aumentar a atividade metabólica dos ossos. Essa camada está sempre em condições de formar novos tecidos ósseos. Nesse sentido, ela privilegia o crescimento ósseo e todas as atividades fisiológicas de remodelação e de reconstrução óssea em casos de fraturas (regeneração). Essa camada osteogênica forma o calo cartilaginoso e o calo ósseo, e o estímulo mecânico no periósteo permite a formação de uma exostose, um “sobreosso”.

Uma função de destaque dos ossos é o depósito de cálcio e fósforo. Assim, na substância esponjosa de numerosos ossos, há um depósito de cálcio “móvel” que, em casos de necessidade, é liberado rapidamente no sangue para a manutenção das funções vitais do organismo. Mecanismos regulatórios endógenos e exógenos contribuem na elaboração desse metabolismo.



Musculatura e movimento:

No desenvolvimento natural do fenômeno do movimento, vários músculos estão sempre envolvidos ao mesmo tempo ou alternadamente. Os músculos que atuam no mesmo sentido são sinérgicos, e os que atuam em sentidos opostos são antagônicos. Durante o fenômeno do movimento, podem ser diferenciados um ponto fixo e um ponto móvel. Nesse caso, o ponto fixo representa a parte que, via de regra, permanece imóvel em relação a uma base firme ou ao tronco do corpo. O ponto móvel é, em razão da porção menor, a parte que se movimenta. O resultado real da ação de um músculo é deduzível somente a partir da observação de sua origem, de seu decurso e de sua inserção, por um lado, e, por outro, do seu centro de rotação, o hypomochlion (apoio da alavanca ou calço).

Os principais movimentos naturais (por exemplo, respiração, passo, trote, galope) decorrem ritmicamente sob a atuação alternada de contração e relaxamento de grupos de músculos de ação antagonistas. Nesse caso, os músculos estão em repouso e em tensão ao mesmo tempo, o que se constitui no tônus muscular, resultante de uma excitação refletora permanente. Se, por exemplo, o tônus muscular for diminuído por uma narcose, ocorrerá uma hipotonia. Muitos músculos desempenham pela manutenção do tônus muscular, a função específica de manter-se em posição estática. Eles podem ser apoiados passivamente através de anexos tendíneos.

Inicia-se um movimento visível quando é superada uma posição inicial contra o tônus muscular do antagonista e contra a resistência. Estabelecendo-se o aumento da situação da tensão muscular (contração isométrica), segue, em decurso contínuo, a verdadeira contração do ventre muscular através do encurtamento das fibrilas musculares (contração isotônica).

A mecânica muscular em uma articulção ocorre conforme uma alavanca. De acordo com o número de articulações envolvidas no movimentos, os músculos podem ser divididos em: músculos de uma articulação; músculos de duas articulações; músculos de várias articulações.

As articulações se movimentam juntas em uma contração muscular (“articulação dependente”), e outras se movimentam em conjunto (“articulações combinadas facultativas”).

De acordo com a ação funcional dos músculos em uma articulação, as seguintes especificações podem ser feitas: extensor; flexor; adutor; abdutor; rotador pronador ou supinador; esfinctérico; dilatador; elevador; depressor.



Odontologia:

A atuação nesta área é exclusiva do médico veterinário, e necessita de conhecimentos de anatomia, fisiologia, farmacologia e clínica médica. É inicialmente fundamental pra sobrevivência do animal, já que os dentes desempenham função direta na apreensão e mastigação do alimento fibroso (diferentemente dos ruminantes que desempenham a função de apreensão do alimento com a língua).

Distúrbios gastrointestinais, perda de peso, reação à embocadura, descarga nasal, aumentos de volume na face ou na mandíbula, fístulas faciais, dificuldade na mastigação, acúmulo de alimento na boca e até problemas considerados de temperamento ou doma podem estar direta ou indiretamente relacionados com a cavidade oral dos eqüinos. Dessa forma, temos que dar a devida importância e atenção para a anatomia da cavidade bucal e os dentes que a compõe, já que qualquer demonstração sintomática pode ser um grande indicador de afecções em outros sistemas.

Dentre todas as importâncias dadas à cavidade bucal e aos dentes, temos também, e não menos importante, os períodos de trocas dentárias. A época de trocas dentárias é um período importante para os potros, já que nesse tempo o animal se torna indiretamente suscetível a diversos problemas (nutricionais ou não) que podem acometer-lo e prejudicar o seu tempo de crescimento, logo, prejudicando-o pelo resto de sua vida.



Referências bibliográficas:

CAJU, F. M.; TRAVASSOS, A. Equus caballus – Exterior e Pelagem.

HONTANG, M. A Psicologia do Cavalo, 2ª Edição, Editora Globo.

KONIG, H. E.; LIEBICH, H-G. Anatomia dos Animais Domésticos, Editora Artmed, 2002.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Anatomia Funcional !

Oi gente!
Queríamos agradecer a presença de todos em nossa Reunião de Abertura do GEEQ!
Aproveitando, já está marcada a nossa próxima reunião, que será no dia 28/04 e o tema a ser a presentado é Anatomia Funcional... quem tiver material, ou sugestões dentro deste tema pode mandar no email do GEEQ que, na medida do possível, abordaremos.

A partir de amanhã a noite já terá material pra galera dar uma olhada!
Fiquem atentos às publicações, o sucesso do grupo depende de todos nós!!

=D

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Reunião de Abertura!

Oi gente!
Está marcada a nossa primeira reunião!
Será no dia 19/04, segunda feira às 18 horas na sala de Grandes do HV!!!

Convidamos todos os alunos e professores!

Aguardamos vocês!!

sábado, 10 de abril de 2010

Bem vindos ao geeqonline!

Oi gente!
Bem vindos ao geeqonline!
Através deste espaço, vamos disponibilizar semanalmente artigos e reportagens com temas a serem votados em nossos encontros! Até lá!